52 palestinianos mortos e 2200 feridos em confrontos com soldados israelitas

Este já é o dia com mais baixas palestinianas desde 2014. Transferência de embaixada dos EUA de Telavive para Jerusalém motivou revolta
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Pelo menos 52 palestinianos foram mortos por soldados israelitas durante os protestos junto à fronteira com Gaza contra a transferência da embaixada dos EUA de Telavive para Jerusalém, segundo autoridades de saúde palestinianas, citadas pela Reuters. A vítima mais nova teria 14 anos. Segundo a Reuters, há cerca de 1200 feridos, metade com balas.

É o dia com mais baixas palestinianas desde a guerra de Gaza em 2014.

De acordo com Ashraf al Qedra, porta-voz do Ministério da Saúde palestiniano em Gaza, a primeira vítima foi Anas Qudieh, de 21 anos, que morreu na sequência do impacto de uma bala a este de Jan Yunis, sul do enclave.

Milhares de palestinianos reuniram-se hoje em vários pontos da fronteira e pequenos grupos tentaram aproximar-se das barreiras de segurança que estão fortemente vigiadas pelo exército.

Segundo a agência espanhola EFE, as forças israelitas, que haviam alertado a população para não se aproximarem da linha divisória, dispararam gás lacrimogéneo contra os manifestantes para impedir que eles se aproximassem do portão de segurança.

Em panfletos lançados por caças, o exército israelita avisa que "atuará contra qualquer tentativa de danificar a vedação de segurança ou atacar soldados ou civis israelitas".

Na terça-feira, os palestinianos assinalam o 'Nakba' (desastre, em árabe), que designa o êxodo palestiniano em 1948, quando pelo menos 711.000 árabes palestinianos, segundo dados da ONU, fugiram ou foram expulsos das suas casas, antes e após a fundação do Estado israelita.

Com estas mortes elevam-se para 70 o número de palestinianos abatidos por soldados israelitas na faixa de Gaza desde o início das manifestações, a 30 de março.

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