As autoridades sauditas anunciaram nesta sexta-feira (22) a prisão de um homem que ajudou um "não muçulmano" a chegar a Meca, em reação à polémica instalada após a publicação nas redes sociais de um vídeo feito por um jornalista israelita que "invadiu" o local mais sagrado do Islão. .O vídeo do jornalista Gil Tamary, do canal israelita Canal 13, provocou esta semana uma avalanche de reações hostis nesta monarquia muçulmana do Golfo.."Um cidadão cúmplice, que liderou e facilitou a entrada de um jornalista não muçulmano com cidadania americana na Cidade Santa, foi transferido para a promotoria", disse o porta-voz da polícia de Meca. .A Arábia Saudita e Israel não têm laços diplomáticos oficiais, embora os Estados Unidos tentem aproximá-los. Cidadãos de Israel só podem entrar na Arábia Saudita com um segundo passaporte caso tenham várias nacionalidades. .No seu vídeo de 10 minutos, Tamary visita o Monte Arafat, palco essencial e sagrado no marco da grande peregrinação a Meca, que aconteceu este ano no início de julho. Nas imagens, Tamary reconhece que sua presença é ilegal e congratula-se por ser "o primeiro jornalista israelita a fazer um vídeo aqui, e em hebraico"..O jornalista desculpou-se na terça-feira passada (19), explicando que seu objetivo era "mostrar a importância de Meca e a beleza do Islão". .Mas as suas explicações não acalmaram a indignação tanto nos media quanto nas redes sociais, onde circulou amplamente o rótulo "um judeu na mesquita sagrada".