"Um erro trágico". EUA admitem que ataque com drone matou civis e não jihadistas em Cabul
Os Estados Unidos admitiram esta sexta-feira (17) terem cometido um "erro" ao lançar um ataque com um drone contra supostos militantes do grupo Estado Islâmico, a 29 de agosto em Cabul, no qual morreram dez civis, dos quais sete crianças.
O chefe do Comando Central dos Estados Unidos, general Kenneth McKenzie, disse que o ataque tinha como alvo uma suposta operação do EI contra o aeroporto de Cabul sobre a qual a Inteligência americana tinha uma "certeza razoável".
"O ataque foi um erro trágico", disse McKenzie aos jornalistas depois de uma investigação.
O ataque foi lançado após o atentado suicida perto do aeroporto de Cabul, que matou 13 militares dos EUA e dezenas de civis e, inicialmente, pensou-se que teria evitado outro ataque do género.
O Comando Central do Pentágono (CENTCOM) abriu uma investigação formal - chamada de 15-6 - após relatos de que o drone Hellfire teria provocado até 10 mortes em civis e não impediu um ataque terrorista, como as autoridades americanas alegaram inicialmente.