Uma vez por outra, ainda vão aparecendo produções de grande armadura tecnológica que nos roubam a alma com inteligência. Justamente, Ghost in The Shell, como o título ressalta, parte de uma problemática relacionada com a matéria espiritual que faz da cyborg Major (Scarlett Johansson) um caso único na evolução da ciência robótica..Uma problemática identitária, portanto. Baseado nessa melancolia humana em corpo de androide, o filme de Rupert Sanders (esqueçamos o anterior A Branca de Neve e o Caçador) alcança uma muito apreciável estética futurista, que celebra a própria origem na "manga", e contraria a tendência básica da ação ilimitada..Este é um filme com personagens que nos atraem não pela habilidade da violência performativa, mas pelas suas inquietudes e dilemas. Aqui e ali, o espírito de Blade Runner (1982) também se faz sentir....Classificação: ***