Um combatente da independência

Conheceu Amílcar Cabral, desempenhou vários cargos após a independência da Guiné-Bissau. A doença nunca o deixou desde que assumiu a Presidência.
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Candidato por três vezes à Presidência da Guiné-Bissau, só em 2009 conseguiu a vitória, derrotando um anterior presidente, Kumba Ialá. Mas desde cedo, os problemas de saúde vieram perturbar o desempenho das suas funções.

Funções que desempenhou num dos momentos mais conturbados e de maior instabilidade na Guiné-Bissau, com a recorrente agitação nos meios militares e o país a deslizar para a situação de narco-Estado.

A última e longa batalha do antigo guerrilheiro do PAIGC foi contra a doença. Acabou derrotado a 9 de janeiro de 2012, aos 64 anos, vítima de diabetes.

Bacai Sanhá nasceu a 5 de maio de 1947 na região de Quinara, no litoral sul do país. Membro de uma das etnias minoritárias guineenses, os beafada, aderiu cedo ao PAIGC, tendo conhecido e trabalhado com o fundador do partido, Amílcar Cabral.

Após a independência, desempenhou vários cargos ministeriais e foi presidente da Assembleia Nacional Popular. Presidente interino, após o afastamento de Nino Vieira em 1999, candidatou-se à Presidência no ano seguinte, tendo perdido para Kumba Ialá.

Nas presidenciais de 2005, ganha a primeira volta mas o ex-presidente Nino Vieira acaba por ser o mais votado na segunda volta.

No PAIGC, situava-se em oposição ao líder do partido e actual primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior.

O presidente falecido estudou na Universidade de Berlim-Leste, na ex-RDA, onde se licenciou em Ciências Políticas.

Sanhá era casado e deixa um filho.

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