Um cinema que renasce quando outros morrem
A cerca de 48 horas da inauguração, o Cinema Ideal ainda era um estaleiro de obras. As cadeiras da plateia e do balcão estavam embrulhadas em plástico, o chão estava coberto de papelão, havia cabos e ferramentas espalhados por todo o lado e dezenas de homens de um lado para o outro, pendurados em escadotes ou a serrar madeiras. Ao fundo da sala de cinema, a tela branca aguardava pela noite de hoje, quando será emitido o primeiro filme na nova era daquele espaço.
E Agora? Lembra-me, de Joaquim Pinto, premiado há um ano no Festival de Locarno, estreia em todo o país e reinaugura, às 21h15, o Cinema Ideal, pouco antes da comemoração dos seus 110 anos de vida. A sessão será aberta ao público, mas antes haverá um cocktail para amigos e alguns convidados. A essa hora, uma equipa de limpeza já terá passado pelo espaço, o bar já terá balcão e estará carregado de bebidas, as cadeiras já estarão alinhadas, os cartazes afixados nas paredes e a entrada, na Rua do Loreto, no Chiado, já não terá aquele enorme tapume e ver-se-á a fachada forrada a pedra lioz. Ninguém duvida de que estará tudo pronto e a brilhar.
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