Um apreciável desafio de género

Colossal, de Nacho Vigalondo
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Primeiro estranha-se, depois entranha-se. Assim se resume a experiência deste filme protagonizado por Anne Hathaway, que surpreende na relação estabelecida entre a vivência comum e um fenómeno fantástico. A ideia de partida é original: um monstro começa a atacar Seul todas as noites, e uma mulher americana (Hathaway), que, transtornada, o observa nas notícias em direto, apercebe-se de uma bizarra mímica entre ela e a criatura. O que é que as liga?

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A questão impõe-se, mas o filme não se apressa a responder. Importa explorar a narrativa psicológica desta jovem mulher, que envolve outro monstro recém-chegado ao pânico de Seul, ligado a um amigo seu de infância... Nas entrelinhas do encontro, há drama, humor e romance. Trabalhando um conto de proporções gigantescas a uma escala muito humana, Colossal é uma modesta e espantosa fantasia de cinema.

Classificação: Bom (***)

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