UE dá mil milhões de euros para Ancara travar refugiados sírios

Turquia queixou-se de incursão russa no seu espaço aéreo. NATO condena. Presidente turco insistiu que quer o apoio da UE para criar uma zona de segurança e de exclusão aérea.
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O presidente da Turquia advogou ontem em Bruxelas a criação de zonas de exclusão aérea na Síria e a criação de zonas de segurança no interior deste país como solução para a crise de refugiados, essencialmente sírios, no espaço da União Europeia (UE). Ao mesmo tempo, Recep Tayyip Erdogan admitiu a hipótese de criar mais campos no seu país, declarando que a Turquia acolhe já "2,2 milhões de refugiados enquanto a Europa, no total, está a receber menos de 250 mil".

Mas Ancara estará a fazer depender o acolhimento de refugiados, não só de um apoio financeiro acrescido como de um envolvimento mais ativo da UE nas restantes vertentes da crise, como seja a criação de uma zona de exclusão aérea, que deve ser acompanhada de um perímetro de defesa terrestre, que ponha a salvo os refugiados da "ameaça terrorista", declarou Erdogan. A criação destes mecanismos de proteção era, até agora, vista com alguma reticência nos meios da UE, indicavam ontem as agências em Bruxelas.

Erdogan falava após encontros com os presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, respetivamente Jean-Claude Juncker e Donald Tusk, tendo afirmado que "a origem da crise dos refugiados é a guerra na Síria". Para o líder turco, a UE deve envolver-se no conflito, apoiando e treinando os grupos armados da oposição a Bashar al-Assad. A UE e os países ocidentais, em geral, devem pressionar o regime de Damasco para que este pare com os bombardeamentos às populações civis, uma das grandes causas da fuga de sírios do país.

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