Ucrânia. Portugal expressa "disponibilidade" para receber feridos Ucranianos
A ministra da Defesa, Helena Carreiras afirmou esta terça-feira que Portugal está a preparar um novo pacote de ajuda à Ucrânia. Além do envio de mais "160 toneladas de material", o governo expressa também a disponibilidade para acolher feridos ucranianos.
"Estamos dispostos e disponíveis" para receber feridos ucranianos, afirmou a ministra, salientando que "o Hospital das forças armadas, tanto em Lisboa como no Porto, tem 40 lugares disponíveis".
"As forças armadas dispõem também de "mais cerca de 300 lugares para refugiados, numa primeira receção, para depois poderem passar para outro tipo de alojamento", afirmou.
Ao contributo português junta-se também o envio de equipamento. O governo está agora "a preparar novo envio de mais 160 toneladas de material". "Não se trata apenas de equipamento militar", mas também de "apoio médico e sanitário humanitário, sendo que falámos nesta reunião também da continuidade de apoio relacionado com treino ou desminagem numa fase posterior", referiu a ministra.
Prometendo "continuar a conversar sobre o que são as necessidades da Ucrânia, porque é de facto isso que está em causa", a ministra da defesa fez referência à "grande variedade de apoios" concedidos pelo governo português.
"Numa primeira fase", Portugal enviou "170 toneladas, mais ou menos, de material militar letal e não letal, mas também outro tipo de material", apontou Helena Carreiras.
"Foi uma reunião que me surpreendeu, a primeira reunião em que participo aliás como ministra da Defesa, pela forma como encontrei determinação e união dos ministros de um modo geral naquilo que são as questões que nos ocupam hoje", disse a ministra, a titulo de balanço do encontro, destacando que houve um "apoio generalizado" perante a guerra lançada pela invasão russa.
Numa vídeo conferência a partir de Kiev, o ministro ucraniano da defesa fez um balanço das necessidades do exército ucraniano, e uma avaliação sobre a guerra.
"A avaliação que fez é uma avaliação otimista. Continua, contudo, a sublinhar a ideia de que necessita de um apoio de equipamento pesado para fazer face aos desafios que ainda têm, com a perceção de todos que há uma guerra que está para continuar", afirmou.