O secretário-geral da NATO defendeu esta terça-feira que a parceria com a União Europeia tem que ir "para o próximo nível", apesar de considerar que a Rússia "falhou redondamente" na tentativa de conquistar a Ucrânia e dividir os países ocidentais.."Putin queria conquistar a Ucrânia em poucos dias e dividir-nos. Nas duas questões falhou redondamente", sustentou Jens Stoltenberg em conferência de imprensa conjunta com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, na sede da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas..A guerra iniciada em 24 de fevereiro de 2022 pela Federação Russa aproximou ainda mais a NATO e a União Europeia (UE), acrescentou o secretário-geral da organização..O presidente da Rússia, Vladimir Putin, "quer uma Europa diferente, quer controlar os seus vizinhos e apoderar-se da democracia" e apesar da tentativa falhada a invasão russa "vai ter consequências longas para a segurança" europeia -- uma ideia que Stoltenberg estar a querer reforçar e que já tinha referido na semana passada, no primeiro discurso que fez em 2023, em Oslo (Noruega)..Por isso, Bruxelas e a NATO assinaram a terceira declaração conjunta para fazer face a desafios que se apresentaram nos últimos meses e aqueles que estão por vir: "Estamos determinados em levar esta parceria para o próximo nível.".Em cima da mesa estão, por exemplo, a "crescente competição geoestratégica", em particular por parte da China, as "tecnologias emergentes e debilitantes" que podem colocar em causa as infraestruturas europeias e dos países que compõem a aliança militar, e as tentativas de ingerência de Moscovo.."A nossa parceria será ainda mais importante quando a Finlândia e a Suécia estiverem na organização", vincou Stoltenberg, e quando isso acontecer a NATO vai ser responsável pela segurança de "96 por cento dos cidadãos europeus".