'Tweet' de Obama a condenar racismo é o mais popular de sempre

Reação de Obama aos incidentes em Charlottesville tornou-se viral no Twitter e é a publicação com mais "gostos" de sempre
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Uma publicação do ex-presidente dos Estados Unidos no Twitter tornou-se o 'tweet' com mais gostos de sempre nesta rede social. Na publicação, Barack Obama condena indiretamente os incidentes racistas em Charlottesville, que resultaram na morte de três pessoas, citando o ativista e antigo presidente da África do Sul Nelson Mandela.

O 'tweet' foi publicado no domingo, 13 de agosto, um dia depois de Heather Heyer, de 32 anos, ter sido atropelada mortalmente por um supremacista branco enquanto protestava contra a extrema-direita em Charlottsville, no estado da Virgínia. Esta quarta-feira, a publicação de Obama tinha mais de três milhões de gostos e fora partilhada mais de um milhão de vezes.

"Ninguém nasce a odiar outra pessoas devido à cor da sua pele, o seu passado ou a sua religião", lia-se na publicação de Obama, que mostrava também uma fotografia do ex-presidente dos EUA com crianças de várias etnias.

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Este 'tweet' foi o primeiro de três com uma das citações mais conhecidas de Nelson Mandela, o homem que lutou contra o fim do regime racista do apartheid na África do Sul.

"As pessoas aprendem a odiar e, se podem aprender a odiar podem aprender a amar, porque o amor é mais natural no coração humano do que o seu oposto", diziam as outras publicações. Esta citação foi retirada da autobiografia de Mandela Um Longo Caminho Para a Liberdade.

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A mensagem do ex-presidente superou o "tweet" da cantora norte-americana Ariana Grande publicado em maio após o atentado terrorista ocorrido em Manchester, que obteve 2,7 milhões de "gostos".

Os internautas, por seu lado, responderam dizendo que sentem falta de Obama.

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Vários utilizadores do Twitter compararam ainda as respostas de Obama e Trump, que tem sido criticado por não condenar especificamente a extrema-direita pelos incidentes em Charlottesville. Donald Trump disse esta terça-feira que a culpa pelos incidentes era dos dois lados - dos que organizaram a marcha da extrema-direita e Ku Klux Klan e dos que foram até à cidade para protestar contra ela.

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Segundo o editorial do New York Times, no site de extrema-direita The Daily Stormer foi publicado durante o fim de semana um texto a elogiar a atitude de Trump. "Ele [Trump] não nos atacou. Não nos condenou de forma alguma. Quando foi pedido para nos condenar, ele apenas saiu da sala. Muito, muito bom", lia-se no The Daily Stormer. "Deus o abençoe".

Este mesmo site publicou um artigo a dizer que Heather Heyer era "uma vadia gorda de 32 anos e sem filhos" e que merecia morrer.

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Os outros dois mortos no fim de semana foram dois agentes da polícia, piloto e passageiro de um helicóptero que se despenhou nos arredores de Charlottesville, enquanto monitorizava a manifestação de extrema-direita, disse o governador do Estado.

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