Tusk recebe de Rompuy sineta para presidir às reuniões do Conselho Europeu

O polaco Donald Tusk assumiu hoje o cargo de presidente do Conselho Europeu, tendo recebido das mãos do seu antecessor, o belga Herman Van Rompuy, uma sineta para passar a presidir às cimeiras de líderes da União Europeia.
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A sucessão foi hoje assinalada em Bruxelas de forma simbólica, numa curta cerimónia de "passagem de testemunho", que, como observou Van Rompuy, é inédita, já que o antigo primeiro-ministro belga fora até hoje o único presidente do Conselho Europeu, cargo criado pelo Tratado de Lisboa, que entrou em vigor a 01 de dezembro de 2009.

Na cerimónia realizada na sede do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy disse sair de consciência tranquila pelo trabalho feito ao longo dos últimos cinco anos (dois mandatos de dois anos e meio), e disse acreditar que a presidência da "mais importante instituição política" da União Europeia "fica em boas mãos".

O presidente cessante apontou que Tusk é natural de "um país que há 25 anos e algumas semanas estava separado da União pela cortina de ferro", cabendo-lhe agra a responsabilidade de liderar o Conselho Europeu, que reúne os governos dos 28 Estados-membros.

Na hora de assumir o cargo, Tusk deixou rasgados elogios ao "legado" de Van Rompuy, destacando a sua "capacidade para negociar, encontrar consensos e estabelecer confiança", e apontou as quarto grandes áreas na quais considerou fundamental a UE ter sucesso, e nas quais trabalhará com particular afinco.

"Primeiro, temos que proteger os nossos valores fundamentais - solidariedade, liberdade, unidade -, contra ameaças à UE vindas tanto de fora como de dentro. Hoje, não só há eurocéticos a questionar o valor da UE, como temos também inimigos, não só céticos. A política regressou à Europa, a história está de volta, e em tempos assim precisamos de liderança e união política", disse.

O antigo chefe de governo polaco apontou ainda a necessidade de uma "grande determinação para superar crise económica", uma aposta grande numa União Europeia forte no plano internacional, e a importância do aprofundamento das relações entre UE e Estados Unidos.

Como retribuição ao pequeno sino que recebeu das mãos de Van Rompuy, Tusk ofereceu ao antigo político belga - que entrou hoje oficialmente na "reforma", como há muito anunciara - uma pedra de âmbar, explicando que no seu país, a Polónia, tal significa sorte.

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