Os líderes europeus, reunidos hoje em Bruxelas, nomearam o atual primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, para presidente do Conselho Europeu, e a chefe de diplomacia italiana, Federica Mogherini, para Alta Representante para os Negócios Estrangeiros..O anúncio foi feito pelo ainda presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, na sua conta da rede social "twitter", enquanto decorrem os trabalhos da cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) convocada para a atribuição dos altos cargos da UE ainda em aberto, e na qual participa o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho..Na conferência de imprensa conjunta realizada imediatamente a seguir ao anúncio das designações, Rompuy, já ladeado por Tusk e Mogherini, aos quais ofereceu flores, começou por dizer que "o suspense terminou" finalmente, manifestando-se convencido de que o Conselho Europeu fez escolhas acertadas e de que a representação da UE estará em boas mãos..Rompuy, cujo mandato termina a 30 de novembro, precisou que Tusk entrará em funções a 01 de dezembro, para um mandato de dois anos e meio, e acumulará o cargo com o de presidente das cimeiras da zona euro (algo que já acontecia com o próprio Rompuy, havendo agora a novidade de as cimeiras do euro passarem a ser presididas por uma personalidade de um país que não pertence ao espaço monetário único, a Polónia)..Já Mogherini, indicou, deverá iniciar funções um mês antes, a 01 de novembro, em conjunto com o restante colégio da futura Comissão Europeia liderada por Jean-Claude Juncker, que integrará como vice-presidente (como aconteceu com Ashton)..Neste caso, terá, tal como os restantes comissários, de passar antes por uma audição e votação no Parlamento Europeu..Herman Van Rompuy traçou um breve perfil dos futuros presidente do Conselho Europeu e chefe de diplomacia da UE, afirmando que Tusk "é um dos veteranos do Conselho Europeu" e um "homem de Estado para a Europa"..O responsável manifestou-se convicto de que Mogherini, "o novo rosto da UE nas relações com os seus parceiros internacionais", mostrará estar à altura do desafio e evidenciará as suas capacidades de mediadora e na defesa do papel da UE na cena internacional..Após a conferência de imprensa, os trabalhos dos líderes europeus serão retomados, com os líderes dos 28 a concentrarem-se precisamente nos assuntos que dominam a política externa, com destaque para a crise na Ucrânia e o conflito com a Rússia.