Turistas em Lisboa comem castanhas com casca que pensam ter açúcar
Desde 1979 que Rosewitha e Frank Schwabe visitam Lisboa todos os anos. E desde 1979 que, em todas as passagens pela capital, os dois alemães não resistem a comer pelo menos uma dúzia de castanhas assadas. "Gostamos", limitam-se a dizer, com a naturalidade de quem já adotou um hábito de que muitos portugueses não abdicam e que muitos turistas, apesar do entusiasmo, estranham.
Do branco que os brasileiros pensam ser farinha aos chineses que não tiram sequer a casca antes de provar o fruto que depois se entranha, são diversos os momentos que quem no outono faz da rua a sua loja recorda com um sorriso e sem nunca abandonar o assador.
"Compram sempre à dúzia. Nunca compram meia dúzia", garante, de supetão, Francisco Gaspar, de 59 anos e há 36 vendedor ambulante de castanhas. Não é por isso de estranhar que, na gaveta do carrinho de inox que não para de fumegar, guarde religiosamente a lista dos cruzeiros que, nas próximas semanas, vão parar em Lisboa.