Tumultos no Marquês. Medina vira críticas para a ministra dos polícias

Fernando Medina acusou o MAI de não informar das diligências para identificar os responsáveis pelos incidentes no Marquês. Ministra lembrou inquérito e nota da PSP.
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O presidente da Câmara de Lisboa elegeu ontem um alvo na autêntica defesa pública que fez da intervenção da autarquia na festa do Benfica, em Lisboa: o Ministério da Administração Interna (MAI). Fernando Medina convocou uma conferência de imprensa que abriu logo a avisar que era feita "a propósito das notícias divulgadas na comunicação social" e "com vista à reposição da verdade dos factos". E a "verdade dos factos" referida por Medina iliba a Câmara de toda e qualquer responsabilidade nos distúrbios da festa do Benfica. Em contrapartida, Fernando Medina passou a bola negativa para o campo da ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues: "Quase uma semana depois dos eventos, não houve, por parte do Ministério da Administração Interna [MAI], qualquer informação sobre as diligências tidas quanto à identificação e responsabilização dos causadores dos incidentes", disse Fernando Medina, que falou nos Paços do Concelho.

A ministra Anabela Rodrigues reagiu horas mais tarde, em comunicado, lembrando o inquérito aberto e a informação prestada pela PSP logo a seguir aos distúrbios no Marquês de Pombal sobre os 13 detidos na festa dos "encarnados". "Para além de ter sido logo determinado, na passada segunda-feira, pela ministra, a abertura de inquérito com o propósito de apurar as responsabilidades de todos os envolvidos nos incidentes, também a Direção Nacional da PSP emitiu já nota à comunicação social relativamente às diligências relacionadas com a identificação e responsabilização dos causadores dos incidentes", refere o comunicado do MAI.

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