Tufão Haiyan destruiu uma das mansões de Imelda Marcos
A mansão de Olot, com 17 quartos, está situada na primeira linha da praia e é considerada por Imelda como a residência ancestral da sua família, mas dela restaram poucas estruturas de madeira e um sofá.
"Demorei a reconhecer a casa", disse o filho de Imelda, o senador Ferdinand Marcos Jr, pouco depois de visitar a mansão.
O que restou da casa está agora a ser utilizado para guardar ajuda humanitária para os afetados pelo tufão na província de Leyte, uma das mais pobres das Filipinas.
Segundo Marcos Jr, a propriedade, que também contava com um campo de golfe de 18 buracos, pertencia à família paterna de Imelda Marcos, os Romualdez, um dos mais antigos clãs políticos de Leyte.
Um dos empregados da mansão Leo Acejo disse ao diário The Inquirer que uma grande onda afetou o edifício e destruiu o mesmo por completo.
"O vento soava como se um avião estivesse a aterrar", explicou.
A destruição da propriedade ocorre três anos depois de o Supremo Tribunal das Filipinas ter permitido que aquela ficasse na posse de Imelda depois de suspeitas de ter sido adquirida com fundos que ela e o marido, Ferdinand Marcos, terão obtido de forma ilegal quando governavam o país.
Ferdinand Marcos governou as Filipinas com punho de ferro entre 1965 e 1986, incluindo oito anos sob lei marcial, período durante o qual terá acumulado de forma ilícita cerca de 10 mil milhões de dólares (7,4 mil milhões de euros), mas só se conseguiu provar judicialmente a origem irregular de menos de 10% desse valor.
O ditador morreu no exílio no Havai em 1989, três anos depois de ter sido derrubado do poder por uma revolta popular pacífica, apoiada pela Igreja Católica e por setores do exército.
Imelda, que tem um lugar no Congresso, e os quatro filhos regressaram às Filipinas em 1992 e desde então têm ocupado vários cargos públicos, enquanto defendem a sua fortuna nos tribunais.