Tubarão branco de cinco metros obriga a encerramento de praias

Nadadores salvadores dizem que é o maior tubarão que já viram em Newcastle, na Austrália. Autoridades consideram animal "uma verdadeira ameaça". Haverá ainda um segundo tubarão na zona.
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Um tubarão branco com cerca de cinco metros está a obrigar as autoridades australianas a manter encerradas as praias de Newcastle, a cerca de 160 quilómetros a norte de Sydney, há já cinco dias. Os nadadores salvadores da zona afirmam que nunca viram um tubarão tão grande e todas as medidas de precaução foram ativadas para garantir que não há qualquer ataque.

Um surfista encontrou um golfinho morto que aparenta ter sido mordido. "Faltava-lhe parte da sua cauda. As pessoas ouvem sobre o tubarão branco, mas continuam a ir para o mar. Isto demonstra que pode acontecer a qualquer um", salientou Craig Hollier, citado pelo Herald. Os nadadores salvadores estão a trabalhar até mais tarde para garantir que ninguém entra na água e que todos são informados da situação.

O inspetor Scott Hammerton explicou que o animal aproximou-se de uma lancha da polícia e foi depois para a zona onde normalmente estão os surfistas, o que levou a que de imediato fossem proibidas todas as atividades com prancha. Hammerton acrescentou que os vários relatos que têm chegado às autoridades permitem concluir que serão dois os tubarões a nadar perto da costa. As praias só serão reabertas quando não houver qualquer avistamento durante 24 horas.

A estimativa aponta para que um dos tubarões tenha cerca de cinco metros de comprimento e pesará 1700 quilos (um tubarão adulto poderá ultrapassar os seis metros). O animal está a ser encarado como "uma verdadeira ameaça".

Scott Hammerton referiu ainda que até sábado, altura em que o tubarão foi visto pela primeira vez, as praias de Newcastle estavam a receber o maior número de turistas dos últimos 15 anos.

Os ataques de tubarões, alguns fatais, têm aumentado na Austrália. Só em dezembro, dois jovens foram mortos. No ano passado chegou mesmo a ser autorizada uma "caça ao tubarão", medida que era vista como forma de diminuir os ataques. Ambientalistas contestaram este plano, questionando se realmente seria a solução. A medida consistia em matar todos os tubarões brancos, tigres e touros (considerados os mais perigosos) com mais de três metros de comprimento. Entre janeiro e abril de 2014 foram apanhados 172 tubarões, 68 dos quais foram mortos. O Governo do estado da Austrália Ocidental pretendia prolongar a medida por mais três anos, mas uma recomendação negativa da agência de proteção ambiental, que o governo optou por não contestar, levou ao fim do plano. No entanto, há uma exceção: caso se verifique perigo iminente para as pessoas, um tubarão poderá ser morto.

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