Tsipras: plano B não era um esquema satânico para o grexit
Depois de muito se falar e escrever sobre o polémico plano B de Yanis Varoufakis, o primeiro-ministro grego admitiu ontem no Parlamento saber que o seu governo tinha delineado uma estratégia de contingência para o caso de Atenas ser obrigada a sair do euro. Mas negou estar envolvido numa conspiração para regressar à dracma.
"Nós não desenhámos ou tínhamos um plano para tirar o país do euro, mas tínhamos planos de contingência. Se os nossos parceiros e credores tinham preparado um plano de grexit, não devíamos nós, como governo, preparar a nossa defesa?", defendeu Alexis Tsipras perante os deputados. E reconheceu que a ordem para a elaboração de um plano foi dada por si. "Era meu dever dá-la", assumiu.
O líder do Syriza comparou este plano B a um país preparar as suas defesas antes de entrar em guerra, dizendo que era a obrigação de um governo responsável ter planos de contingência preparados. "Não só tínhamos o direito a elaborar um plano de urgência, como também a obrigação", concluiu Tsipras.