Tsipras recusa encontro. Hoje começa prazo de Lafazanis
Evangelos Meimarakis tinha garantido na quinta-feira, após Alexis Tsipras anunciar a sua demissão, que a Nova Democracia iria tentar a todo custo evitar eleições antecipadas. Na sexta-feira, quando recebeu um mandato de três dias para tentar formar governo, não excluiu ninguém de potenciais negociações, incluindo os neonazis da Aurora Dourada. Memarakis acabou por não chegar tão longe, mas ontem de manhã tentou reunir-se com o líder do Syriza, sem sucesso.
"O primeiro-ministro explicou ao líder da Nova Democracia que não há hipótese de formar governo no atual parlamento, por isso é que ele entregou imediatamente o seu mandato ao presidente", disseram à agência ANA-MPA fontes do executivo. "Durante meses, o Sr. Tsipras tem-se comportado com uma abordagem autoritária. Decide sozinho assuntos muito importantes para o futuro do país e quando se apercebe dos efeitos negativos, apresenta-se como vítima de chantagem", responderam os conservadores.
A estratégia do Syriza é usar a enorme popularidade de Alexis Tsipras e conseguir governar sem a necessidade de uma coligação, como acontecia agora. "O nosso objetivo é uma maioria absoluta, um objetivo tangível, para que o próximo governo seja estável e evitar a turbulência que o país não precisa", disse a porta-voz do governo, Olga Geravasili.