Trump vai mesmo visitar o Reino Unido, lá mais para o fim do ano
O Governo britânico revelou esta quinta-feira que o Presidente norte-americano, Donald Trump, vai visitar oficialmente o Reino Unido até ao final deste ano.
O gabinete da primeira-ministra britânica, Theresa May, - que se encontrou em Davos (Suíça) com Trump - adiantou que os dois líderes deram indicações aos seus representantes "para trabalharem juntos na finalização de pormenores relacionados com uma visita do Presidente [Trump] ao Reino Unido, mais para o fim do ano".
Já se passou um ano desde que May convidou o Presidente dos Estados Unidos a fazer uma visita de Estado ao Reino Unido, como convidado da Rainha Isabel II. Críticos de Trump no Reino Unido prometeram, na altura, realizar manifestações de monta caso o Presidente norte-americano realizasse a visita. Nenhuma data foi marcada para a mesma.
Trump salientou hoje em Davos que mantém "uma muito boa relação" com Theresa May, classificando como "falso rumor" a ideia de que as relações entre Washington e Londres estão tensas.
"Estamos no mesmo comprimento de onda em, penso eu, todos os aspetos", disse Donald Trump à margem de um encontro oficial com May no Fórum Económico Mundial.
A reunião com May foi a primeira de Trump nesta sua deslocação a Davos, onde pretende explicar a sua política económica para os Estados Unidos e atrair investimento estrangeiro para o seu país.
Trump disse que ele e May tem um "relacionamento verdadeiramente bom, ainda que algumas pessoas não acreditem nisso".
Quanto à chefe do Governo britânico, salientou que o "relacionamento especial" entre os EUA e o Reino Unido é para continuar.
Trump e May trocaram críticas no passado mês de novembro, após o Presidente norte-americano ter republicado no Twitter vídeos anti-muçulmanos de um grupo de extrema-direita.
Pouco tempo depois - e após uma vaga de críticas ao seu apoio à extrema-direita - Trump cancelou uma viagem a Londres, para a abertura da nova embaixada americana. O Presidente disse, na altura, que não iria abrir a embaixada porque não concordava com a localização nem com o custo do novo edifício, ambas decisões do anterior Presidente, Barack Obama.