Trump: "Chegou a hora" de os EUA reconhecerem os Montes Golã como território israelita
"Após 52 anos chegou a hora de os Estados Unidos reconhecerem totalmente a soberania de Israel sobre os Montes Golã, que são de importância crítica para a estratégia e segurança do Estado de Israel e a estabilidade regional", escreveu Donald Trump.
Capturados à Síria por Israel na guerra dos Seis Dias em 1967 e em 1981 o Estado hebraico estendeu a sua legislação e administração a todo aquele território. Uma situação que não foi reconhecida pela comunidade internacional.
O reconhecimento deste território, cuja soberania a Síria continua a disputar, significaria uma viragem na política americana uma semana antes de o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, chegar a Washington para um encontro com Trump e um discurso na Comissão de Assuntos Públicos Israel-Americana.
Netanyahu, que vai a eleições a 9 de abril, tem pressionado os EUA a reconhecerem a soberania de Israel sobre os Montes Golã. A possibilidade foi mencionada pelo próprio em fevereiro de 2017, no seu primeiro encontro com Trump na Casa Branca.
O primeiro-ministro israelita já agradeceu a posição de Trump. Netanyahu, que tem alertado para o facto de o Irão, arqui-inimigo de Israel, estar a instalar profundamente no território sírio aproveitando a instabilidade que oito anos de guerra causaram naquele país, usou o Twitter para escrever: "Numa altura em que o Irão procura usar a Síria como plataforma para destruir Israel, o presidente Trump corajosamente reconhece a soberania de Israel sobre os Montes Golã".
Em meados de novembro, os EUA votaram pela primeira vez contra uma resolução da ONU que considerava a anexação dos Montes Golã "nula e sem efeito". Foi o único país a votar contra, ao lado de Israel.
Com uma excelente relação com Netanyahu, já decidira mudar a embaixada dos EUA de Telavive para Jerusalém, numa gesto simbólico.
Os Montes Golã são um planalto rochoso com cerca de 1200 km2 situado a apelas 60 km da capital síria, Damasco.