Trump goza com revista Vanity Fair por esta pedir desculpas a Clinton

Vídeo da revista aconselha Hillary a dedicar-se ao tricot, por causa do tempo livre que lhe ficou depois da derrota nas presidenciais
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O Presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a usar esta quinta-feira a sua conta do Twitter para arrasar dois dos seus alvos preferidos: a comunicação social e Hillary Clinton. Um vídeo satírico postado no site Vanity Fair Hive sugerindo à ex-candidata democrata à presidência dos EUA formas de ocupar o tempo livre que tem após a derrota, levaram a um pedido de desculpas públicas. Trump aproveitou logo para sublinhar uma alegada subserviência da revista.

Num tweet publicado esta quarta-feira, Trump dizia: "A Vanity Fair, que parece estar a dar as últimas, está a virar-se toda do avesso só para pedir desculpas por um golpe mínimo desferido contra a corrupta H. [CH]. A Anna Wintour, que estava toda feita para ser embaixadora na Corte de St. James [embaixadora dos EUA no Reino Unido] & uma grande angariadora de fundos para a CH, está fora de si com o desgosto & pedindo perdão!"

No vídeo, divulgado no passado fim de semana, seis editores do site Vanity Fair Hive gozam com as aspirações presidenciais de Hillary Clinton, sugerindo seis "resoluções de ano novo" para que a ex-senadora preencha o seu tempo, já que foi derrotada. Entre as sugestões avançadas consta arranjar um hobby ou dedicar-se ao tricot. Uma onda de violentas críticas levou a Vanity Fair a justificar-se esta quarta-feira, dizendo que se tratou de uma tentativa desastrada de fazer humor, que "saiu ao lado".

Estranhamente, no seu tweet, o Presidente americano ataca Anna Wintour, apesar de esta ser editora da revista Vogue e não da Vanity Fair, e de ser a diretora de Arte da casa-mãe Conde Nast, que publica ambos os títulos.

Apesar de o vídeo ter sido publicado no passado sábado, as reações negativas só esta quarta-feira ganharam força, tornando-se um top-trend no Twitter, somando mais de 30 mil tweets na quinta-feira. A atriz Patricia Arquette - estrela da série de investigação A Paranormal e uma das faces mais ativas do movimento #Me Too - aconselhou a Vanity Fair, vociferando em letras maiúsculas e com algum vernáculo à mistura, a parar de dizer às mulheres o que devem fazer.

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