Trump ataca sentença do homem que "devia ter sido executado"

Donald Trump diz que a decisão de um tribunal militar de poupar a pena de prisão o sargento Bowe Bergdahl, que admitiu ter desertado, envergonha o país e as Forças Armadas.
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"A sentença é uma completa e total vergonha para o nosso País e o nosso Exército", escreveu Trump numa mensagem enviada através da rede social Twitter a partir do avião presidencial, Air Force One, que o transporta para uma digressão a vários países asiáticos.

Um tribunal militar norte-americano decidiu hoje que o sargento Bowe Bergdahl, que abandonou o posto no Afeganistão e foi feito prisioneiro pelos talibãs, não vai cumprir pena de prisão.

A sentença, favorável em relação aos crimes de que era acusado, condenou Bergdahl a expulsão desonrosa das Forças Armadas e ao pagamento de uma multa de 10.000 dólares (8.614 euros).

O caso, julgado pelo tribunal de Fort Bragg, na Carolina do Norte, foi muito politizado em torno das consequências que a decisão do militar teve nas vidas de outros militares e da troca de prisioneiros que permitiu a libertação de Bergdahl.

Apesar das muitas críticas à troca, o então Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, recebeu Bowe Bergdahl e os pais na Casa Branca e defendeu publicamente a troca de presos.

[destaque:Os Estados Unidos não deixam "os seus homens e mulheres de uniforme para trás", disse Obama]

"Sejam quais forem as circunstâncias, também trazemos de volta um soldado americano que tenha estado detido. Ponto Final", acrescentou.

[destaque:O atual Presidente, Donald Trump, então em campanha eleitoral, afirmou que Bergdahl era "um traidor" e "devia ter sido executado"]

Bowe Bergdahl era um soldado de 23 anos quando, em junho de 2009, ao fim de cinco meses no Afeganistão, abandonou um posto de vigia perto da fronteira com o Paquistão para, alegou, se juntar a outra unidade e denunciar disfunções daquela a que pertencia.

Raptado pelos talibãs, foi mantido cinco anos em cativeiro, até que em 2014 foi entregue a forças especiais norte-americanas em troca de cinco talibãs detidos em Guantánamo.

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