Trump diz mais de sete alegações falsas ou enganosas por dia
Donald Trump assumiu a presidência dos EUA a 20 de janeiro de 2017 e desde então já terá proferido 4229 alegações falsas ou enganosas. Em média, são 7,6 em cada um dos 558 dias de mandato (até 31 de julho), segundo a contagem do The Washington Post.
O presidente, que é crítico das "fake news" (notícias falsas), tem vindo a aumentar o número de "alegações trumpianas", como as apelida o jornal norte-americano. Se nos primeiros 100 dias de mandato a média era de 4,9 por dia, em junho e julho, chegou a 16 alegações falsas ou enganosas por dia.
O pior dia foi 5 de julho de 2018, quando terá proferido 79. "O conluio não é um crime, mas isso não importa porque não houve conluio (exceto pela desonesta Hillary e os democratas)", foi uma das últimas, escrita no Twitter a 31 de julho, sendo também uma das mais repetidas (110 vezes em versões mais ou menos semelhantes, incluindo uma a 5 de julho).
Se é verdade que não existe o crime de "conluio", existe o de "conspiração para defraudar o governo". Por outro lado, também não há provas de conluio entre os russos e os democratas, mas há de contactos entre membros da campanha de Trump e indivíduos ligados a Moscovo.
Segundo o jornal, quase um terço das "alegações trumpianas" (1293) estão relacionadas com questões económicas, acordos comerciais ou emprego. Costuma, por exemplo, assumir o crédito por empregos que foram criados antes de ser presidente ou decisões empresariais sobre as quais não teve qualquer influência.
O tema da imigração é responsável por 538 alegações falsas ou enganosas, nomeadamente o facto de repetir que está a ser construído o muro na fronteira com o México, apesar de o Congresso ter até agora negado o financiamento.