A administração Trump manteve hoje um posicionamento discreto em relação ao último agravamento da situação na Ucrânia oriental, onde o Governo de Kiev acusou forças apoiadas pela Federação Russa de promoverem uma ofensiva..O tom de contenção pode refletir o início de uma nova abordagem dos EUA às atividades russas além-fronteiras, mesmo que os dirigentes norte-americanos continuem a comprometer-se com o apoio à soberania ucraniana..[destaque:Pelo menos 10 pessoas foram mortas e dezenas de outras feridas].Donald Trump tem sido "mantido informado dos desenvolvimentos" na Ucrânia, disse Spicer..A nova retórica norte-americana aparece no meio de uma preocupação significativa na Europa com a abertura de Trump à Federação Russa..O novo dirigente norte-americano qualificou a NATO como "obsoleta" e desafiou os aliados europeus dos EUA a assumirem mais responsabilidades na sua própria defesa, levantando a possibilidade de uma nova era na cooperação russo-norte-americana..Na terça-feira, o Departamento de Estado comentou a violência na Ucrânia, mas omitiu qualquer referência à Federação Russa num comunicado com seis parágrafos, no qual apelava a um cessar-fogo imediato e à aplicação total dos acordos orientados para a resolução política da crise..A omissão de referências à Federação Russa contrastou fortemente com as declarações da Presidência Obama, que criticavam Moscovo por apoiar e até dirigir as ofensivas dos separatistas e não respeitar as suas obrigações estabelecidas no acordo de paz assinado em 2015, na capital bielorrussa, Minsk..Dirigentes da era de Obama, bem como outros na Europa, têm expressado preocupações quanto a uma eventual mudança de política dos EUA face à Federação Russa..Na terça-feira, o presidente da União Europeia, Donald Tusk, mencionou "a política (russa) agressiva em relação à Ucrânia", juntamente com "as declarações preocupantes da nova administração norte-americana"..Tusk acusou a administração Trump de "parecer querer questionar os últimos 70 anos de política externa norte-americana".