Trump pondera voltar atrás e dar algum financiamento à OMS

"Não está tomada nenhuma decisão final" sobre o corte de financiamento dos Estados Unidos à Organização Mundial de Saúde (OMS), admitiu, este sábado, no Twitter, Donald Trump. Isto depois de, há um mês, ter anunciado a suspensão da contribuição à autoridade de saúde mundial por "má gestão" da pandemia de covid-19.

Em resposta a um comentário sobre a possibilidade de ser retomado o financiamento à OMS, o chefe de estado norte-americano assumiu que está a ponderar e que uma das propostas em cima da mesa passa pelo pagamento de 10% do valor que o país dava anteriormente. No entanto, para já, "todos os fundos estão congelados", assegura Trump.

De ameaça em ameaça, o presidente suspendeu a contribuição ao organismo no dia 14 de abril e até "ser conduzido um estudo para examinar o papel da OMS na má gestão e ocultação da disseminação do novo coronavírus", como explicou na altura.

Para Donald Trump, o mundo "recebeu muitas informações falsas sobre a transmissão e mortalidade" da doença covid-19. E essa responsabilidade deve ser imputada à OMS, de acordo com o líder, que acusou ainda a autoridade de saúde de favorecer a China (país onde foram encontrados os primeiros casos de infeção pelo novo coronavírus).

"A OMS realmente estragou tudo. Por alguma razão, financiada em grande parte pelos Estados Unidos, mas muito virada para a China" escreveu, a meio de abril, Trump na rede social Twitter.

Até agora, o país era o maior contribuinte para a OMS, dando anualmente 400 a 500 milhões de dólares à organização, entre contribuições obrigatórias e voluntárias.