O presidente dos EUA, Donald Trump, assinará esta sexta-feira uma declaração destinada a impor tarifas de 5% sobre as importações mexicanas, mas admite desativar a sanção se as negociações evoluírem favoravelmente durante o fim de semana, segundo a Casa Branca..O anúncio desta sanção tarifária já tinha sido feito há alguns dias, por Donald Trump, como represália por o Governo mexicano nada fazer para travar a migração ilegal através da sua fronteiras..Marc Short, chefe de gabinete do vice-presidente dos EUA, Mike Pence, disse aos jornalistas que "o aviso legal será assinado ainda hoje, para fixar as tarifas na segunda-feira"..Mas Short admitiu que "existe a possibilidade, se as negociações continuarem a evoluir bem, de o Presidente desativar" a sanção, nos próximos dias..Short elogiou as autoridades mexicanas por terem apresentado novas propostas, durante os últimos dois dias de negociações, para impedir a chegada de migrantes da América Central aos EUA, mas acrescentou que ainda há um "longo caminho a percorrer" para satisfazer os pedidos de Donald Trump..As negociações continuam hoje no Departamento de Estado entre representantes dos Estados Unidos e a delegação mexicana, liderada pelo chanceler mexicano, Marcelo Ebrard..Se as duas partes não chegarem a um acordo, as tarifas entrarão em vigor na segunda-feira, afetando todas as importações mexicanas, com taxas que começam em 5% e sobem a cada mês até atingir 25% em outubro, a menos que o país vizinho garanta a contenção do fluxo migratório ilegal através da fronteira comum..A delegação mexicana em Washington informou quinta-feira o Governo dos Estados Unidos que enviará seis mil soldados da Guarda Nacional para a fronteira com a Guatemala para impedir o fluxo de imigrantes ilegais..A maioria dos migrantes que cruzam o México com destino aos Estados Unidos foge das condições de violência e de falta de oportunidades económicas em El Salvador, Honduras e Guatemala..Atualmente, os Estados Unidos são o principal parceiro comercial do México, um país que exportou produtos no valor de 328 mil milhões de dólares (cerca de 300 mil milhões de euros) entre janeiro e novembro de 2018 para os EUA, representando quase 80% do total das vendas externas, sobretudo no setor automóvel e da alimentação.