Troca de corpos em Barajas

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A família da franco-espanhola Pilar González, uma das 154 vítimas mortais do acidente de avião em Barajas , preparava-se para levar as suas cinzas para França, quando recebeu um telefonema do consulado. A urna que levavam consigo não era a professora que dava aulas de francês numa escola das Canárias, identificada com o número 134, mas da vítima 104. Um erro no momento da entrega das corpos da parte da empresa funerária terá estado na origem da troca, que deixou os familiares indignados.

As autoridades lembram contudo que, em nenhum caso, esteve em causa a identificação dos corpos, um processo "completamente fiável e correcto". Já só falta identificar 27 vítimas mortais. Nos hospitais, a situação dos 14 feridos ainda internados evolui favoravelmente.

A troca já está a ser investigada pelo mesmo juiz responsável pelo inquérito às causas do acidente com o avião da Spanair, na semana passada. A investigação foi aberta "automaticamente" para "esclarecer as circunstâncias" nas quais o erro aconteceu. Os familiares de outra das vítimas francesas, que ainda aguarda receber o corpo, qualificou o sucedido como um "erro intolerável". Três horas após ser detectada a troca, as famílias receberam as urnas com os restos correctos. Entretanto já tinham incinerado os corpos errados, segundo revelaram fontes ligadas à investigação à imprensa espanhola.


Novo susto


Um avião da companhia Iberworld, que fazia a ligação entre Barcelona e Cancun (México), teve que regressar ao aeroporto depois de ser detectado um problema no trem de aterragem. Os passageiros garantem que, nas manobras, o avião fez uma viragem brusca, de forma a desviar-se de outro aparelho. "Houve momentos de pânico, alguns passageiros começaram a chorar e outra desmaiou", disse uma das passageiras.

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