Tribunal pode apreender bens de genro do Rei e sócio

Passados cinco dias do prazo concedido pelo juiz, Inãki Urdangarin, genro do Rei de Espanha e o seu ex-sócio não pagaram a fiança de responsabilidade civil de 8,2 milhões imposta pelo Tribunal Superior de Justiça das Baleares.
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Fontes próximas ao tribunal, citadas pelo jornal espanhol ABC, informaram que às 09:30 espanholas (08:30 em Lisboa), os dois acusados não tinham pago a fiança, decretada pelo juiz José Castro, apesar de ainda o poderem fazer ao longo da manhã, uma hipótese que, no entanto, se apresenta como pouco provável.

Assim, o Tribunal de Instrução n.º 3 irá iniciar um processo para confiscar bens de ambos os réus, que deverão designar quais as posses que querem ver apreendidas, até ser contabilizado o montante total da fiança. Se nem Torres nem Urdangarin indicarem quais os valores específicos, o tribunal iniciará uma investigação à totalidade dos seus patrimónios, a fim de determinar quais os bens que podem cobrir o valor reclamado.

Como já indicado pelo juiz, o mais provável é que as propriedades afetadas sejam ações que os ex-sócios detêm em várias empresas envolvidas no caso, como é o exemplo da Nóos Consultoria Estratégica. No entanto, fontes judiciais já esclareceram que apesar de o prazo de pagamento de fiança expirar e ter inicio o processo de apreensão de bens, este poderá ser interrompido a qualquer momento se os mais de oito milhões forem eventualmente pagos.

Soube-se ontem que os advogados de defesa de Iñaki e de Diego Torres já apresentaram recursos num tribunal em Palma de Maiorca contra a fiança civil. Torres tem vindo a afirmar, perante a justiça, ter documentos que, alega, provam o envolvimento no caso da mulher de Urdangarin, a infanta Elena, filha de Juan Carlos. Os ex-sócios são acusados de desvio de milhões de euros de fundos públicos através do Instituto Nóos.

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