Tribunal condena ex-professor de karaté por pederastia
Fernando Torres Baena foi condenado na sentença da Audiência de Las Palmas de Gran Canaria, no arquipélago das Canárias (Espanha), lida hoje perante muita atenção mediática.
A mulher de Torres Baena, María José González, foi condenada no mesmo processo a 148 anos de prisão e uma professora de karate do mesmo centro, Ivonne González, foi condenada a 126 anos de cadeia.
O tribunal considerou as duas mulheres culpadas de delitos múltiplos de corrupção de menores e de abusos sexuais e acabou por absolver um quarto arguido no processo, o monitor desportivo Juan Luis Benítez.
Na sentença o tribunal considera que este é um caso de "mega abusos, sem precedentes na história jurisprudencial do país" documentado com casos de meia centena de pessoas sujeita a "relações sexuais indiscriminadas, independentemente da idade e do sexo", durante mais de 20 anos.
Por isso, o tribunal considera que os crimes merecem o "castigo máximo" previsto no Código Penal e sublinha que o legislador deveria endurecer as penas previstas, já que a pena máxima de 20 anos, que os condenados cumprirão, "é insuficiente".
O tribunal considera que Torres Baena se comportou perante os alunos da sua academia de artes marciais como um "predador sexual", organizando com eles "autênticas orgias" em que não importou nem a idade nem o género das vítimas.
Aproveitou-se da sua "condição de herói desportivo" e da "ascendência emocional" que tinha sobre os alunos, muitos deles menores, para "vergar a sua vontade" e assim "satisfazer os seus desejos lúbricos".