Tribo india Esselen recupera as terras ancestrais de Big Sur
A tribo Essenlen, das mais pequenas e menos conhecidas do norte da Califórnia, que habitou as montanhas de Santa Lucia e a costa do Big Sur durante milhares de anos perdeu as terras, que agora recupera, há 250 anos quando exploradores espanhóis as conquistaram.
A tribo do Condado de Monterey (ETMC) fechou agora um um acordo de 4,5 milhões de dólares com a Western Rivers Conservancy (WRC), um grupo ambientalista, para comprar cerca de 1.200 acres em Big Sur. O WRC adquire terras com o objetivo de encontrar um administrador de longo prazo que conservará o habitat natural. Em outubro, o grupo anunciou que ajudou a tribo a receber um subsídio da Agência de Recursos Naturais da Califórnia que cobria a compra da terra.
"É com grande honra que nossa tribo foi convocada por nossos antepassados para se tornarem mordomos dessas terras indígenas sagradas mais uma vez", disse Tom Little Bear Nason, presidente tribal do ETMC, em comunicado em outubro.
"Essas terras abrigam muitas aldeias antigas de nosso povo, e do outro lado do rio Little Sur fica o Pico Blanco ou 'Pitchi', que é o local mais sagrado da costa para o povo Esselen e o centro de nossa história de origem", acrescentou.
A área despertou o interesse do grupo de conservação porque é conhecida por suas sequóias gigantes, um local de nidificação ideal para uma das maiores aves voadoras do mundo, o condor da Califórnia. Ambas as espécies estão em extrema necessidade de conservação. O condor está referenciado como ameaçado de extinção e a truta prateada como ameaça na Lei de Espécies Ameaçadas.
Além dos esforços de conservação, o ETMC planeia construir uma vila que outras tribos indígenas da região possam utilizar. Eles também estão a projetar sediar eventos educacionais públicos para ensinar outras pessoas sobre sua cultura, de acordo com Doroff.
"Vamos conservá-lo e passá-lo aos nossos filhos e netos e além", disse Nason ao The Mercury News. "Obter esta terra de volta dá privacidade para realizar nossas cerimônias. Isso nos dá espaço e a capacidade de continuar nossa cultura sem mais interrupções".