Itália em choque com violação e morte de jovem de 16 anos. Três migrantes detidos

Crime inflamou discurso da extrema direita, com o ministro do Interior Matteo Salvini a tentar capitalizar politicamente com o caso
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Dois homens senegaleses e um nigeriano foram presos pelas autoridades italianas, suspeitos pela violação e homicídio de Desirée Mariottini.

A jovem italiana de 16 anos foi drogada e violada por vários homens antes de ser abandonada à morte num edifício desocupado de uma zona degradada de Roma, conhecida pelo tráfico de droga. A violência do crime, ocorrido na noite de 17 de outubro, deixou Itália em choque e têm-se sucedido vigílias em homenagem à adolescente assassinada. Mas o caso também tem sido aproveitado pela extrema direita para endurecer o discurso contra os migrantes.

Matteo Salvini, o populista ministro do Interior italiano e líder do partido nacionalista da Liga do Norte, já aplaudiu as detenções dos três suspeitos, que apelidou de "vermes", sublinhando o estatuto de imigrantes ilegais. E prometeu que este crime não ficará impune, durante uma visita efetuada ao local onde foi encontrado o corpo de Desirée, junto à principal estação ferroviária da capital italiana, a estação Termini.

Na altura da visita, Salvini foi recebido entre um misto de aclamações e de insultos, como o de "Chacal", com vários opositores a acusarem-no de estar a fazer aproveitamento político do crime.

Além dos dois senegaleses, de 26 e 42 anos, e do nigeriano, de 40, a polícia afirma que há pelo menos outros três suspeitos, incluindo dois italianos, de terem participado da violação de grupo e homicídio da jovem Desirée.

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