Três dias de luto na Guiné-Bissau por Kumba Ialá

O governo de transição da Guiné-Bissau propôs hoje ao Presidente da República interino, Serifo Nhamadjo, que sejam decretados três dias de luto nacional pela morte de Kumba Ialá, anunciou fonte do executivo.
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"O governo decidiu que devem ser decretados três dias de luto nacional. A proposta de decreto será submetida de imediato ao presidente", referiu Aristides Ocante, ministro de Estado, no final de uma reunião extraordinária do conselho de ministros.

Segundo o governante, a data do luto será definida no decreto a assinar por Serifo Nhamadjo, possivelmente ainda hoje.

"Penso que o objetivo final de realização de eleições se manterá intacto", acrescentou.

A Guiné-Bissau vive um período de campanha eleitoral com vista às eleições gerais (presidenciais e legislativas) de 13 de abril, nas quais Kumba Ialá apoiava um dos candidatos independentes à presidência, Nuno Nabian.

O ex-presidente da República da Guiné-Bissau e fundador do Partido da Renovação Social (PRS) morreu na última noite em Bissau devido a uma crise cardíaca, anunciaram fontes familiares.

A organização das cerimónias fúnebres, "dependerá da concertação entre familiares, Presidente da República, governo, todas as partes que possam estar implicadas num funeral de Estado", concluiu Aristides Ocante.

O ex-Presidente da Guiné-Bissau Kumba Ialá morreu hoje, aos 61 anos, devido a problemas de saúde. O corpo encontra-se na morgue do hospital militar de Bissau, vigiado por militares.

De etnia balanta, o político guineense fundou o Partido da Renovação Social em 1992, a segunda maior força política do país, e foi Presidente da República entre 2000 e 2003, tendo sido deposto por um golpe militar.

Kumba Ialá, que fez 61 anos a 15 de março de 2014, renunciou à vida ativa política a 01 de janeiro deste ano, alegando "haver um tempo para tudo", decidindo apoiar o candidato independente às presidenciais Nuno Nabian.

LFO // PJA

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