Tiago Fernandes: "Treinador principal do Sporting? Tudo tem o seu tempo"

Tiago Fernandes passou pelo congresso de World Scouting, no Porto. Falou do trabalho que fez na equipa principal do Sporting enquanto interino e abordou o futuro.
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Que Sporting deixou a Marcel Keizer?

Sporting está muito bem entregue, as coisas vão ter continuidade. Tem uma excelente equipa, tem excelentes jogadores, tem uma direção que sabe aquilo que quer para o clube e eu como funcionário e como treinador do Sporting clube de Portugal sinto que as coisas estão bem entregues e vão correr bem. Desejo felicidades a todos como fiz pessoalmente. O Sporting e os adeptos merecem vitórias e conquistas.

Foi um momento difícil para si a transição, com a responsabilidade de manter o Sporting na luta pelos objetivos enquanto não vinha um sucessor de José Peseiro?

Tivemos uma conversa, definimos qual seria minha posição e eu sentia-me preparado para ajudar. Foi isso que fiz, com a ajuda de grandes profissionais, que foram muito importantes e eles são de facto as peças fundamentais na nossa equipa e ajudaram do primeiro ao último dia, com grande dedicação, com grande empenho, com grande trabalho, uma grande união, espírito de cooperação e conseguimos atingir os objetivos que eram manter o Sporting na luta, não perder. E é principalmente por isso que me sinto muito orgulhoso, pelo trajeto que fizemos, apesar de ter sido num curto espaço de tempo, mas foram em competições muito importantes para nós, como o campeonato e a liga Europa.

Deixou algum dossier ao Marcel Keizer para ele chegar e ter já algum contexto?

Sim, Isso foi tudo tratado, tudo conversado. E vamos certamente ter oportunidade de nos conhecermos melhor, continuamos a trabalhar em prol do mesmo objetivo e iremos continuar a falar e conversar. Estou sempre disponível para ajudar qualquer clube onde possa trabalhar, seja com quem for, estou sempre pronto para ajudar porque sou profissional e é esse o meu trabalho.

Como está a correr agora o novo desafio com os sub-23?

São jogadores que eu já conhecia, é sempre um prazer trabalhar com eles. Vou espremê-los ao máximo para sermos cada vez melhores, para sermos os primeiros, para sermos o Sporting. É isso que nós queremos, é acabar em primeiro numa liga que é também muito competitiva, tem muita qualidade, mas nós temos um objetivo muito vincado que é formar jogadores para a equipa principal e acabar em primeiro.

Tem a ambição de um dia se assumir como treinador da equipa principal do Sporting e não apenas o interino como aconteceu agora?

Acho que tudo tem o seu tempo. Eu sou novo, tenho um longo caminho pela frente. Estou feliz e continuarei feliz porque estou como peixe na água a treinar. É o que eu gosto, ser treinador e vou cada vez treinar mais e melhor, é para isso que me preparo, para ser melhor treinador no futuro.

Mas tem esse objetivo?

Sim, todos os treinadores têm o objetivo de treinar grandes clubes. Eu já estou num grande clube e vou continuar a estar, mas treinar-se sempre com o mesmo objetivo de ganhar as competições em que estou inserido, sem pensar muito no futuro. Vivo muito o dia-a-dia porque no futebol quanto mais cálculos nós fazemos pior é, porque as coisas acontecem quando menos se espera e temos que ser humildes para trabalhar bem e quando a oportunidade surgir mostrarmos que estamos preparados, como foi o caso que aconteceu.

Sporting está a dois pontos do primeiro lugar, apesar de tudo o que precedeu a preparacão da época. Acredita que a equipa está confiante que pode ser campeã nacional?

Sim, senti que a equipa sempre esteve confiante e motivada. Independentemente do líder, os jogadores estão focados e têm um objetivo na mente de dar alegrias aos adeptos, porque eles também sentem que os adeptos merecem essas alegrias.

Ficou com essa convicção no tempo em que trabalhou com o plantel, de que jogadores não se sentem inferiorizados em relação aos adversários pelos condicionalismos que marcaram esta época?

Quem treina o Sporting nunca pode sentir-se inferior a nada. Estamos num grande clube, representamos um grande clube e não temos de temer ninguém. Temos sim de respeitar os adversários, também têm grande qualidade, mas também temos de saber que somos o Sporting e temos muitas armas para lutar com qualquer adversário.

Acha que os adeptos gostariam que se prolongasse por mais um pouco a sua experiência de sucesso como treinador interino?

Tenho uma excelente relação com os adeptos do Sporting, respeito-os muito e como já disse para mim são os melhores do mundo. São fiéis, acompanham, se perdermos no dia a seguir estão lá, se um jogador sai eles no outro dia estão a acompanhar o jogadores que entram, estão sempre ao nosso lado. E eu retribuo com trabalho.

Sete que a sua posição saiu fortalecida junto dos adeptos?

Sinto que tive um bocadinho mais de visibilidade, mas eu confio no meu trabalho e no trabalho dos jogadores que treino. Eles são se calhar os melhores avaliadores do trabalho que fazemos ali há oito épocas e o crescimento que eles têm tido para mim é o melhor sinal do que temos feito.

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