Transferência de bebé prematura cancelada por falta de condições

A bebé prematura portuguesa, para quem o Estado português encontrara vaga num hospital público, não pode ser transferida.
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De acordo com Gonçalo Queiroz, pai de Margarida, nascida a 28 de outubro com apenas 25 semanas de gestação e 410 gramas, escreveu na sua página no Facebook que o hospital em Ajman, outro estado dos Emirados Árabes Unidos, onde o Estado português encontrara uma vaga, não reúne as condições para receber a bebé.

"Ficámos a saber que os serviços de neonatologia são insuficientes, com falta de enfermeiros, sem experiência em bebés como a Gui", resumiu Gonçalo Queiroz, após a visita ao hospital, na quarta-feira. O pai da bebé contou que esta "teria de ser transferida para outro hospital num outro Emirado cada vez que precisasse de uma cirurgia".

Gonçalo Queiroz garantiu ainda no Facebook que até o diretor de Neonatologia do Hospital de Ajman não recomendou a transferência da bebé. "Ela está num caso de risco e a viagem pode provocar danos cerebrais irreversíveis e pode até ser fatal", escreveu o pai de Margarida, que ainda realçou que os custos desta unidade hospitalar seriam praticamente os mesmos do hospital privado em que esta está desde que nasceu, no Dubai, e que andam na ordem dos mil euros por dia.

Neste momento, segundo a mãe escreveu no Facebook, a bebé pesa 390 gramas. Eugénia Melo Queiroz indicou que a filha está na lista de espera para o Latifah Hospital, "como a Maternidade Alfredo da Costa dos Emirados", e custa metade do que pagam atualmente.

A mãe de Margarida congratulou-se ainda por ver a história desta família, que se viu sem dinheiro para fazer face às despesas hospitalares de um parto prematuro no Dubai, partilhada por Cristiano Ronaldo.

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