Tranquilidade planeia vender sede na Avenida da Liberdade, avança Bloomberg
A seguradora Tranquilidade está a preparar a venda do seu edifício-sede na Avenida da Liberdade, em Lisboa, a par de outras propriedades que detém em Portugal, noticiou hoje a agência Bloomberg, citando fontes não identificadas.
O património imobiliário da Tranquilidade, que foi comprada há pouco mais de um ano ao Novo Banco, ascende a 140 milhões de euros, segundo disseram à Bloomberg as mesmas fontes. Já o porta-voz da Tranquilidade, contactado pela agência de informação financeira, escusou-se a comentar a matéria.
Entretanto, a seguradora reagiu a esta notícia através de uma declaração escrita, na qual informou que "está a analisar oportunidades de otimização do seu portefólio imobiliário sem que neste momento qualquer decisão ainda tenha sido tomada em relação a ativos imobiliários específicos".
Segundo a Tranquilidade, "à luz do novo regime Europeu de Solvência II todas as seguradoras devem analisar os seus portfolios de investimento e fazer rebalanceamentos na composição dos seus ativos".
A entidade vincou ainda que "no novo regime de solvência II, os investimentos em ações e imobiliário passaram a ter cargas de capital muito mais elevadas do que outras tipologias de investimentos, pelo que qualquer gestão prudente deve ajustar o seu portfolio para ter os ativos mais adequados ao novo regime de solvência II". E rematou: "A Tranquilidade, de forma a manter-se uma referência ao nível de rácios de solvência, reavalia continuamente o seu portfolio de investimentos, para assegurar a solidez do seu balanço".
A Tranquilidade integrava o Grupo Espírito Santo (GES) até à sua derrocada, tendo sido transferida para o Novo Banco - o banco de transição resultante da resolução do Banco Espírito Santo (BES) - que, por seu turno, vendeu a companhia ao fundo norte-americano Apollo Global Management.
O negócio foi fechado no início do ano passado e o seu valor rondou os 215 milhões de euros, dos quais 50 milhões de euros em dinheiro e mais de 150 milhões de euros destinados a reforçar os capitais da instituição.