Tragédia da Madeira inspira curso
Segundo fontes militares, a iniciativa aprovada pelo chefe do Estado-Maior do Exército, general Pinto Ramalho, partiu do major-general Joaquim Lopes Henriques, professor na FCM e ex- -director de Saúde do Exército que é membro do Conselho da Saúde Militar.
O porta-voz do Exército, tenente-coronel Hélder Perdigão, recusou comentar o assunto, dizendo que "o [ramo] não faz quaisquer comentários" sobre matérias "directa ou indirectamente" relacionadas com a Saúde Militar.
O general Lopes Henriques, adiantou Hélder Perdigão, manifestou-se indisponível para tecer qualquer comentário ao DN.
Fonte oficial da FCM, enviando um programa do curso ilustrado com uma foto da tragédia natural que há um ano atingiu a Madeira, explicou a iniciativa: "A percepção de aumento de risco de eventos de magnitude significativa, potencialmente causadores de doença [e ou] trauma tais como os tremores de terra, cheias, atentados terroristas, etc, faz sentir a necessidade de articular os diversos comportamentos de resposta."
Assim, "importa dar a conhecer aos elementos potencialmente envolvidos nessa resposta os conceitos, técnicas e condutas existentes", assim como "criar um espaço a partir do qual possa ser lançada a investigação neste domínio, possibilitando (...) contactos, terminologia e conhecimento institucional que a permita", adiantou a FCM.
O curso inicia-se a 8 de Abril. Pessoal de Saúde, militar, dos serviços de segurança e emergência civil, bem como membros da Academia Militar do Exército, são os destinatários da iniciativa.
Entre os professores, onde os militares são do Exército (incluindo um general colocado na NATO), falta confirmar a presença do psiquiatra inglês Simon Wessely (King"s College de Londres). Nos docentes civis, destaque para Caldas de Almeida, Isabel Leal, Maria do Céu Machado e Pedro Moniz Pereira.