Trabalho, justiça e independência

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A força do trabalho consegue mover o mundo, transformá-lo, reinventá-lo e, mesmo quando tudo parece difícil no mercado laboral, pode ter a energia necessária para fazer com que os projetos renasçam das cinzas. Por tudo isso, pelo esforço, dedicação e suor, é sempre tempo de homenagear todos os trabalhadores (mulheres e homens) que, dia após dia, arregaçam as mangas e enfrentam a crise provocada pela pandemia, como se não houvesse amanhã. O calcanhar de Aquiles do trabalho, em Portugal, prende-se com a produtividade. Contudo, essa só se alcança com foco, motivação, espírito de equipa e boa gestão com estratégia. A ausência de uma gestão profissional e verdadeiramente conhecedora do negócio e do potencial do talento é, aliás, outra fraqueza das empresas no nosso país, conforme apontam estudos de várias instituições de referência.

O 1.º de Maio, Dia do Trabalhador, ficou ontem marcado pelos conflitos nas ruas de Paris. Por cá, a CGTP agendou concentrações, desfiles e manifestações, mas, uma vez mais, o povo português mostrou que pode levantar a voz e ser assertivo, sem ser agressivo e sem recorrer à violência. Porém, esta data deve suscitar a reflexão sobre a força ou a fragilidade dos parceiros sociais, em especial das centrais sindicais, perante a ameaça dos movimentos chamados inorgânicos e populistas que minam as organizações, a liberdade e o Estado de direito.

Deixo aqui uma palavra também a toda a equipa do Diário de Notícias, que tem vestido a camisola e lutado pela qualidade e independência desta marca de jornalismo centenária e que, sobretudo desde 29 de dezembro, com o relançamento da edição diária em papel, a que se junta a cada segundo o online, nunca baixou os braços. No Global Media Group, que inclui vários títulos de media, como a TSF, o JN, o Dinheiro Vivo, o Motor 24, entre muitos outros, os jornalistas e todos os profissionais do setor dão o seu melhor para a construção diária da democracia, que só acontece se houver real liberdade e imprensa forte e independente.

Hoje, o DN, JN e TSF publicam, em conjunto, a segunda parte da entrevista ao primeiro-ministro, António Costa. Todas as perguntas foram feitas sem filtros nem rodeios. Ontem, trouxemos à estampa a primeira parte da conversa, focada nos desafios da governabilidade e da pandemia, já hoje os temas focam-se na avaliação da oposição, na justiça e na Operação Marquês, Plano de Recuperação e Resiliência e até o futuro de António Costa. Para ler nas páginas da revista Notícias Magazine, hoje com o seu DN, e aqui.

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