Os trabalhadores da saúde paralisam nos dias 28 e 29 contra o horário de 40 horas semanais, que ainda lhes está ser aplicado, depois de terem iniciado sexta-feira uma greve à oitava hora de trabalho pelo mesmo motivo..José Abraão, dirigente da Federação Sindical da Administração Pública (Fesap), disse hoje à agência Lusa que a estrutura sindical emitiu o pré-aviso de greve com o objetivo de conseguir um compromisso de negociação com o Governo para resolver a situação dos trabalhadores do setor da saúde, que continuam a trabalhar 40 horas e não 35 horas, como os restantes trabalhadores da Administração pública.."Os 40.000 trabalhadores da saúde que estão fora das 35 horas querem um compromisso do Governo para resolver a sua situação, que consideram de grande injustiça", afirmou..No dia 01 de julho entrou em vigor um diploma que repôs na função pública o horário semanal de 35 horas, depois de quase três anos de prática de 40 horas, impostas pelo anterior Governo..A nova legislação prevê situações de exceção para os setores com falta de pessoal, por isso os trabalhadores da saúde continuam a trabalhar mais uma hora por dia..No primeiro dia deste mês a Fesap emitiu um pré-aviso de greve para o setor, para vigorar a partir de dia 15, para cobrir a última hora de trabalho, com validade até 31 de agosto.."Muitos trabalhadores, de norte a sul do país, manifestaram intenção de participar nesta greve, que acreditamos que vai ter muita adesão por parte dos administrativos, auxiliares, técnicos de diagnóstico e enfermeiros", disse José Abraão..De acordo com o novo pré-aviso, a greve dos trabalhadores do setor da saúde irá decorrer entre as 00:00 do dia 28 e as 24:00 do dia 29 de julho..A Frente Comum de sindicatos da Administração Pública também tem um pré-aviso de greve para o setor da saúde para o dia 28.