Os trabalhadores fizeram também hoje um dia de greve que tinha sido marcada em Outubro para reclamar o pagamento de salários em atraso.A greve foi mantida mesmo depois de na sexta-feira a ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, ter garantido a regularização da situação salarial até ao final de Dezembro, e anunciado que o Estado vai avançar com a alienação da sua parte na empresa. Em frente ao ICA, onde os trabalhadores se concentraram à tarde, após uma acção idêntica durante a manhã, junto ao Ministério da Cultura, Tiago Silva, trabalhador da Tobis e delegado sindical, disse à agência Lusa que se "mantêm muitas interrogações sobre o futuro" da empresa.Questionado sobre a adesão à greve de hoje na Tobis, o representante do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (SINTTAV), disse que rondava "os 50 por cento" dos trabalhadores.Actualmente, a Tobis Portuguesa S.A. possui 56 trabalhadores, na sequência da saída de cerca de uma dezena devido à situação de dificuldades financeiras da empresa, fundada há 78 anos e na qual o Estado detém 96,4 por cento do capital social.