O presidente do Conselho de Administração da Agência Lusa, Afonso Camões, afirmou à Comissão de Trabalhadores (CT) que a agência noticiosa vai fechar o ano de 2013 com prejuízo. No comunicado enviado por aquele organismo, os trabalhadores entendem que "as perspetivas são preocupantes" devido à " inércia da acumulação de efeitos dos cortes de 31% no financiamento público (de 15,6 milhões de euros para 10,7)", ao "fator de correção que faz com que o Estado se escuse a pagar 8% da Indemnização Compensatória devido ao serviço público (11,6 milhões de euros)" e ao acréscimo de "dois subsídios a um orçamento que não os prevê" e que terão de ser aplicados em 2013. .A agência tem dado resultados líquidos positivos nos últimos sete anos, mas em audição na Comissão de Ética, em Fevereiro deste anos, Afonso Camões afirmou que "2012 foi difícil" e antecipou: "2013 vai ser muito difícil"..No encontro com a CT, ainda segundo o comunicado, Afonso Camões garantiu que o pagamento do 14º, mês não está em causa e que será pago no calendário, ou seja, em novembro. Recorde-se que a agência Lusa anunciou em junho a disponibilidade para pagar o subsídio de férias, o que acabou por não ser feito por ordens da Direção-Geral de Tesouro e Finanças..Afonso Camões confirmou ainda, lê-se no comunicado, que "foram estabelecidos [contactos] com estações de televisão nacionais, tendo sido esclarecida a intenção da administração alargar o âmbito da prestação de serviços, designadamente com a realização de transmissões em direto" e adiantou que "a Agência Lusa vai partilhar instalações com a RTP em Bissau e que o novo correspondente da agência na Guiné-Bissau recebeu formação na televisão pública". Porém, a CT vinca que "a Lusa não deve envolver-se em qualquer tipo de "sinergia editorial" com a RTP nos postos em território nacional ou em qualquer ponto do mundo".