Trabalhadores da Casa da Moeda em greve contra cortes
Cerca de uma centena de trabalhadores reuniram-se à porta principal do edifício da empresa, junto ao Saldanha, Lisboa, contestando que numa empresa com lucros nos últimos anos os trabalhadores sejam penalizados e os salários desvalorizados, com "mais de um terço" de funcionários abrangidos pelas medidas de austeridade do Governo, segundo o sindicalista Joaquim Silva. O representante do Sindicato dos Trabalhadores das Industrias de Celulose, Papel, Gráfica e Imprensa sublinhou que este número, a retirar de um total de cerca de 700 trabalhadores em todo o país, pode aumentar consoante o trabalho excepcional que possa ser realizado.
"Esta posição do Governo e da administração [da INCM] não se compreende, nomeadamente devido aos bons resultados que esta empresa tem vindo a demonstrar", sublinhou Joaquim Silva, recordando que em 2009 a Casa da Moeda apresentou "lucro de 13 milhões de euros" e no ano seguinte os resultados foram também positivos. Em 2010, realça o sindicalista, os trabalhadores da INCM não tiveram aumentos salariais, apesar do Ministério do Trabalho, no âmbito do processo de revisão do Acordo de Empresa, ter apresentado um aumento de um por cento que foi recusado pela administração.
A greve definida em plenário para dia 11 de Fevereiro, sexta-feira, será acompanhada de um encontro dos trabalhadores junto à sede da Casa da Moeda pelas 10.30.