Abrangidos ficam os trabalhadores com 60 ou mais anos e com uma carreira contributiva de 48 ou mais anos e quem tenha contribuído durante 46 ou mais anos, tendo começado a descontar para a Segurança Social antes dos 15 anos..Aos jornalistas, o governante disse estimar que sejam abrangidos 15 mil novos pensionistas em dois anos, com um custo anual de 49 milhões de euros.."O Governo decidiu avançar desde já com a iniciativa legislativa, que aprovará brevemente, e há um acordo generalizado entre os parceiros de entrarem já em funcionamento este ano as medidas que têm a ver com a despenalização das muito longas carreiras contributivas", informou..Quanto às propostas que as centrais sindicais têm feito de reformas antecipadas, sem qualquer tipo de penalização, para trabalhadores com 60 anos de idade e 40 anos de carreira, o ministro indicou que, com base nas contas feitas, há "um impacto na sustentabilidade da Segurança Social que não permite ser sustentado".."Há que trabalhar num modelo mais equilibrado e mais próximo daquilo que nós propusemos, estamos ainda disponíveis para alguns acertos", afirmou no final do encontro com os parceiros sociais..O ministro referiu que o debate sobre as reformas continuará nas reuniões com os parceiros sociais.."A possibilidade de antecipar a idade da reforma, sem pôr em causa os equilíbrios estruturais da Segurança Social vai dar um pouco mais de trabalho, mas creio que poderemos finalizar ainda este ano, por forma a que, provavelmente, logo no início de 2018 haja um primeiro passo nesse sentido", antecipou..Depois de a CGTP ter garantido que o Governo apoiava a sua proposta de anular o fator de sustentabilidade das reformas de invalidez quando se transformam em pensões de reforma, o ministro admitiu a "possibilidade de corrigir" essa penalização.."Há uma característica das pessoas que têm reformas de invalidez, é que quando chegam à idade de reforma deixa de ser uma pensão de invalidez e passa a ser um sistema de velhice e o sistema tem uma norma que é de facto questionável e discutível, e que leva a um corte nas pensões. Estamos a avaliar e admitimos a possibilidade de o corrigir ", afirmou.