Todos os alunos nas escolas, mas ainda faltam funcionários
Esta segunda-feira é o último dia do calendário para o início das aulas, o que significa que 1,5 milhões de alunos estão já nas escolas. Estaria tudo a funcionar em pleno, não estivessem ainda a faltar funcionários, reconhece Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP).
"A escassez de assistentes operacionais e a não substituição devida de quem está de baixa há meses e anos é o grande problema do início do ano letivo. Porque estes funcionários que estão de baixa contam para os rácios e não estão nas escolas", aponta Filinto Lima.
O diretor reconhece que o atual governo já contratou 2050 funcionários, desde 2015, mas diz que não são necessários.
A falta de funcionários leva a que hoje algumas escolas no país - em Évora, Lisboa, "e mais uma ou duas no país" - não tenham ainda condições para funcionar e sejam forçadas a permanecer encerradas. Filinto Lima sublinha que estes casos "são mesmo os mais dramáticos".
Já em relação aos professores, o presidente da ANDAEP adianta que está "toda a gente colocada nas escolas".
No geral, o diretor considera que o ano até começou bem, temendo apenas que "as greves e protestos dos professores possam ensombrar este arranque positivo".