Pela segunda semana consecutiva, cerca de 30 trabalhadores concentram-se em frente à residência oficial do primeiro-ministro - e não junto à Assembleia da República como anteriormente referido pelo sindicato, uma vez que não estão a decorrer trabalhos no Parlamento.."Formalizámos o pré-aviso de greve a partir de hoje e por tempo indeterminado", explicou à Lusa o vice-presidente do SINTTAV, António Caetano.."O ânimo dos trabalhadores está cada vez mais em baixo, não há novidades em relação ao futuro da empresa e em relação aos pagamento dos dois salários em atraso e subsídio de natal. O mínimo de respeito era dizerem-nos alguma coisa", sublinhou o sindicalista..Os trabalhadores da antiga produtora de cinema Tobis têm estado desde a semana passada concentrados em frente à residência oficial do primeiro-ministro à espera de respostas sobre o futuro da empresa..O Estado, accionista maioritário, pretende alienar o capital da Tobis, mas não revelou a identidade de qualquer comprador e os trabalhadores temem a dissolução da empresa depois da assembleia-geral agendada para 6 de Janeiro.."A assembleia agendada para dia 6 de Janeiro tem três pontos na ordem de trabalhos, sendo um deles o da dissolução da empresa e outro o da eleição de uma comissão liquidatária, pelo que se confirmam assim as nossas suspeitas", indicou o sindicalista anteriormente à Lusa. ."A ordem de trabalhos é para dissolver a empresa se a venda da Tobis não se concretizar", disse..Contactada hoje pela Lusa, fonte oficial da secretaria de Estado da Cultura afirmou que não tem qualquer informação nova sobre o futuro da empresa e dos trabalhadores, remetendo explicações para a assembleia-geral do dia 6 de Janeiro.