António Caetano, vice-presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e do Audiovisual (SINTTAV), disse à Lusa que a administração da Tobis, que se encontra demissionária, comunicou hoje aos trabalhadores que foi desbloqueada a verba para efetuar, a partir de 02 de Janeiro, o pagamento dos salários e subsídio de natal em atraso..De acordo com o delegado sindical, o ministério das Finanças e a secretaria de Estado da Cultura desbloquearam os cerca de 321 mil euros necessários para pagar aos 53 trabalhadores da antiga produtora de cinema..Os funcionários da Tobis estão há duas semanas em protesto em frente à residência oficial do primeiro-ministro, mas o último dia de concentração, agendado para sexta-feira, foi desconvocado face a esta informação da administração..Apesar de António Caetano considerar este pagamento uma boa notícia, mantém a apreensão quanto à viabilização da empresa, cujo capital social é maioritariamente do Estado.."Está ainda em causa a viabilização da empresa e a manutenção dos postos de trabalho. Continuamos na expectativa que o secretário de Estado da Cultura nos dê uma palavra antes da assembleia" geral de 06 de Janeiro, disse o sindicalista..O Estado, accionista maioritário, pretende alienar o capital da Tobis, mas não revelou a identidade de qualquer comprador e os trabalhadores temem a dissolução da empresa depois da assembleia-geral da próxima semana.."A assembleia agendada para dia 06 de Janeiro tem três pontos na ordem de trabalhos, sendo um deles o da dissolução da empresa e outro o da eleição de uma comissão liquidatária, pelo que se confirmam assim as nossas suspeitas", indicou o sindicalista anteriormente à Lusa. ."A ordem de trabalhos é para dissolver a empresa se a venda da Tobis não se concretizar", disse.