Tiroteio em mesquita tratado como "tentativa de ataque terrorista"

Suspeito com pouco mais de 20 anos e sem antecedentes criminais agiu sozinho e recusou explicar à polícia quais as suas motivações.
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A polícia norueguesa anunciou este domingo que qualifica o tiroteio numa mesquita de Oslo como uma "tentativa de ataque terrorista".

"O levantamento que fizemos mostra que o autor do ataque [ocorrido sábado] tinha opiniões extremistas", declarou um responsável da polícia de Oslo, Rune Skjold, em conferência de imprensa.

O suspeito do ataque à mesquita nos arredores de Oslo, um jovem norueguês, "tinha posições xenófobas, queria espalhar o terror" e por isso "concluímos que estamos a lidar com uma tentativa de ação terrorista", sublinhou Rune Skjold.

O ataque contra o centro islâmico al-Nour em Baerum, cidade dos subúrbios de Oslo, causou um ferido ligeiro e a polícia anunciou a detenção de um suspeito.

"Um dos nossos foi atingido por balas por um homem branco com um capacete e uniforme", declarou o responsável da mesquita, Irfan Mushtaq, no sábado, ao jornal local Budstikka.

Mushtaq precisou depois ao canal TV2 que o homem tinha várias armas.

O responsável da mesquita disse igualmente aos media que apenas três fiéis se encontravam no local de culto na altura do ataque e que um deles dominou o atacante.

As autoridades foram alertadas para o tiroteio pouco depois das 16:00 locais (15:00 em Lisboa). Várias horas após o ataque, a polícia descobriu o corpo de uma jovem, parente do suspeito, em sua casa, o que levou à abertura de um inquérito por assassínio.

A polícia de Oslo indicou que o suspeito, com "pouco mais de 20 anos", vivia em Baerum, terá agido sozinho e era conhecido da polícia, embora não tivesse "antecedentes criminais".

Ouvido durante a noite pelos investigadores, o suspeito recusou dar explicações para os seus atos.

Uma mensagem que o suspeito terá divulgado num fórum na internet pouco antes do ataque evoca uma "guerra racial" e presta homenagem ao autor do ataque em março contra duas mesquitas na Nova Zelândia, que causou 51 mortos.

A autenticidade da mensagem e a identidade do seu autor não podem ser determinadas com certeza nesta fase da investigação.

No seu 'site', a polícia divulgou um comunicado sobre o reforço das medidas de segurança devido à celebração muçulmana do Eid al-Adha (Festa do Sacrifício), que começa hoje.

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