Thyssen mostra a obra do francês Dufy, para além da cor e da busca do prazer

Dar ao pintor francês Raoul Dufy o lugar que lhe pertence entre os grandes mestres da pintura da primeira metade do século XX é um dos objetivos da mostra em Madrid.
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Um autorretrato do pintor, uma das 36 obras emprestadas pelo parisiense Centro Pompidou, abre a exposição que o Museu Thyssen-Bornemisza de Madrid dedica a Raoul Dufy até 17 de maio. De 1898 é a mais antiga das 93 obras que ocupam a sala de exposições permanentes, oriundas de coleções privadas e de instituições públicas, como a National Gallery of Art de Washington, a Tate de Londres, a que se juntam alguns da coleção da baronesa Carmen Thyssen-Bornemisza.

Dar à obra deste pintor o devido valor é um dos propósitos desta exposição, segundo Guillermo Solana, porque, explica o diretor artístico do museu, a complexidade do trabalho de Dufy tem sido "frequentemente pouco valorizada". Com este objetivo, o conservador do museu e comissário da mostra, Juan Ángel López-Manzanares, organizou o que considera "uma exposição única", assente em três ideias: mostrar Dufy como um grande mestre da primeira metade do século XX, como um artista que ao longo da sua atividade "procurou sempre meios para se encontrar a si mesmo" e "aprofundar o conhecimento de uma pintura que está entre dois polos, por um lado, a sua atração pela beleza da realidade e, por outro, a construção da pintura como uma entidade autónoma".

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