A primeira-ministra britânica vai tentar obter apoio unânime dos seus parceiros europeus na condenação de Moscovo no caso do envenenamento do ex-espião Sergei Skripal e da sua filha. Um objetivo que não se afigura fácil para Theresa May, até porque vai pedir aos homólogos que sigam o seu exemplo e expulsem diplomatas russos.."A provocação da Rússia vai durar anos. Como uma democracia europeia, o Reino Unido vai estar de braço dado com a União Europeia e com a NATO para enfrentarmos estas ameaças em conjunto. Juntos podemos vencer", vai dizer May, segundo trechos do discurso enviado pelo seu gabinete às agências..O discurso de May terá lugar hoje, no jantar de trabalho na cimeira da União Europeia, que decorre até sexta-feira em Bruxelas..O governo britânico deseja que os 28 adotem uma "declaração forte", mas não espera que as medidas sejam tomadas hoje. "Este é um processo gradual, vai tomar o seu tempo, é um desafio a longo prazo", disse uma fonte governamental ao The Guardian. .Mas as capitais europeias estão longe da unanimidade sobre a atitude face a Moscovo e o projeto de declaração preparado para esta cimeira reflete "opiniões diferentes", dizem diplomatas à AFP..Há o campo dos defensores da linguagem dura, para os quais não há outra explicação plausível além da responsabilidade da Rússia. O presidente francês Emmanuel Macron inclui-se neste campo..E há outro grupo que não quer aumentar as tensões com o o persidente russo Vladimir Putin. Itália, Grécia, Áustria, Chipre desejam manter boas relações com Moscovo e moderaram a linguagem do projeto da declaração final, na qual afirmar levar "muito a sério a avaliação do governo britânico de que é muito provável que a Federação Rússa é responsável" pelo sucedido.