The Best. Um prémio para consolar Lewandowski ou endeusar Messi?
Robert Lewandowski, Lionel Messi ou Mohamed Salah? Um deles será esta noite o vencedor do The Best, troféu instituído pela FIFA para coroar o melhor jogador do Mundo, numa lista de três finalistas onde não consta o nome de Cristiano Ronaldo (duas vezes vencedor), o que acontece pela primeira vez.
À partida, o egípcio Salah, 29 anos, avançado do Liverpool, surge com menos possibilidades, já que ao contrário dos seus opositores não conquistou qualquer título - tem como melhor argumento as exibições ao serviço dos reds e o facto de ter terminado o ano com 31 golos em 51 jogos.
Lewandowski, 33 anos, vencedor da edição do ano passado, pode ver neste prémio uma espécie de consolo depois de ter perdido a Bola de Ouro para Messi há cerca de um mês. E não faltam argumentos ao polaco que joga no Bayern Munique. Além dos vários títulos ganhos na época passada - campeonato alemão, Mundial de Clubes e Supertaça da Alemanha -, junta-lhe muitos golos - terminou a época 2020/21 como o melhor marcador da Bundesliga, com um recorde de 41 golos, superando os 40 de Gerd Müller, em 1972/73.
Depois há Messi, claro, que pode fazer a dobradinha, juntando o The Best à Bola de Ouro que venceu em finais de novembro, no que seria um espécie de endeusamento, pois seria o nono troféu de melhor do Mundo contabilizando Bolas de Ouro, troféus da FIFA e The Best.
O argentino de 34 anos tem como melhor carta de apresentação a vitória na Copa América, no verão do ano passado, prova onde foi eleito o melhor jogador, marcador e rei das assistências. Além disso, ainda pelo Barcelona (transferiu-se para o PSG em agosto), foi o melhor goleador da liga espanhola e venceu a Taça do Rei.
Caso seja o argentino o vencedor, será interessante perceber se vai repetir os elogios ao polaco do Bayern. Na entrega da Bola de Ouro, em novembro, Messi disse que Lewandowski merecia ter recebido o prémio em 2020 (não foi atribuído por causa da pandemia) e deixou mesmo um desafio à revista France Football para entregar o troféu respeitante a esse ano ao avançado polaco.
Ao contrário do prémio da France Football, que foi ganho por Messi em finais de novembro, nesta eleição não contam apenas os votos dos jornalistas, pois além destes profissionais e do público, também os selecionadores e capitães de seleções são chamados a votar - cada parte tem uma responsabilidade de 25% na votação.
Mas há mais prémios para serem entregues na cerimónia desta noite, e um deles envolvendo um jogador que atua em Portugal. Taremi, avançado iraniano do FC Porto, está entre os três finalistas ao Prémio Puskas, que distingue o melhor golo de 2021. No caso do atacante dos dragões, trata-se de um golo de bicicleta marcado ao Chelsea na edição passada da Liga dos Campeões. Os outros nomeados são o argentino Érik Lamela - pelo golo ao Arsenal pelo Tottenham - e o checo Patrik Schick, contra a Escócia no Euro 2020.
Na categoria de melhor treinador, estão na luta Pep Guardiola, Roberto Mancini e Thomas Tuchel. O catalão venceu a Premier League com o Manchester City, tendo chegado à final da Liga dos Campeões, onde perdeu precisamente contra o Chelsea de Thomas Tuchel. O técnico alemão chegou ao Chelsea a meio da época, depois de abandonar o PSG, levando os ingleses à conquista da prova milionária. Mancini tem a seu favor a vitória no Euro2020 pela seleção italiana.
Outra eleição diz respeito ao melhor guarda-redes. E os candidatos são Gianluigi Donnarumma, campeão europeu com a Itália, Édouard Mendy, vencedor da Liga dos Campeões com o Chelsea, e o alemão Manuel Neuer, do Bayern Munique.
Refira-se que esta noite serão ainda entregues vários prémios a protagonistas do futebol feminino, entre eles para a melhor jogadora, em que as nomeadas são a espanhola Jennifer Hermoso (Barcelona e seleção espanhola), a australiana Sam Kerr (Chelsea e seleção da Austrália) e Alexia Putellas (também do Barcelona e da seleção espanhola).